“É uma experiência impressionante”, disse a Ministra do Mar
ao assistir à saída dos pescadores para o mar alto no dia em que voltou a ser
possível a pesca da sardinha. Ana Paula Vitorino estava lá, tal como o
secretário de Estado das Pescas, José Apolinário. Ambos ouviram as queixas de
quem vive os perigos da faina e deixaram-lhes palavras de esperança, sobretudo
quanto ao aumento das quotas ainda durante este ano. Esta madrugada, mais de
2.000 pescadores e 150 embarcações fizeram-se ao mar, assinalando o período de
defeso em que a pesca da sardinha esteve sujeita a restrições impostas pela Comissão
Europeia.
O que está previsto é que a quota conjunta de Portugal e de
Espanha baixe de 19 mil toneladas para 14 mil toneladas durante o corrente ano. Em
Matosinhos, a ministra garantiu que o Governo português está empenhado em
manter a quota no mesmo nível do ano passado e mostra-se otimista. “Em meados
de julho teremos de enviar informação para a Comissão Europeia dando nota do
estado do nosso stock e esperamos que
nessa altura haja uma revisão em alta”, disse Ana Paula Vitorino.
Os representantes dos pescadores dizem que 19 mil toneladas
é o valor mínimo para a sobrevivência do setor. Menos do que isso é insustentável.
A ministra, que mostrou sempre um grande conhecimento do dossiê, defendeu a
necessidade de recolher informação adicional de maneira a convencer Bruxelas de
que o stock de sardinha já está a
recuperar e que, por isso, podemos manter níveis de pesca mais elevados do que
aqueles que foram fixados. José Apolinário confirmou que “a perspetiva é de que
há condições para manter as 19 mil toneladas”.
"Assim que chegámos ao Governo, disponibilizámos verbas
para fazer um cruzeiro científico. Os dados recolhidos num relatório preliminar
indicam que existe uma melhoria no stock
de sardinha", disse Ana Paula Vitorino. A governante comprometeu-se em seguir de
perto o desenrolar dos acontecimentos e anunciou a intenção de aumentar o
investimento científico que permitirá a recolha de dados sobre o stock de sardinha.
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