A Associação EPIS – Empresários para a Inclusão Social
conferiu ao presidente da câmara de Matosinhos o diploma de Membro Honorário da
instituição. A atribuição destina-se a sublinhar o envolvimento da autarquia no
projeto de redução do abandono e do insucesso escolar no concelho. Tenho-o dito
muitas vezes, mas não me canso de o repetir: no campo da Educação, Matosinhos
dotou-se de uma política definida e os resultados dessa política são
inquestionáveis e traduzem-se na inclusão social e na inversão do percurso
escolar de muitos jovens do concelho. Neste caso da EPIS sinto orgulho por ter
estado no lançamento do projeto quando fui vereadora municipal. Em Matosinhos,
a implantação do projeto foi feita em articulação entre o pelouro da Ação
Social, de que eu era vereadora, e o pelouro da Educação, sob a alçada de
Correia Pinto.
A EPIS foi fundada em 2006 e tem por missão promover da
inclusão social em Portugal dando enfoque à capacitação de jovens necessitados
para a realização do seu potencial ao longo da vida. A Formação, a Inserção
Profissional e, particularmente, a Educação, são as principais preocupações da
associação, empenhada em contribuir para a construção de um futuro mais
solidário e competitivo. Os princípios norteadores da EPIS colheram de imediato
o apoio da comunidade empresarial que garantiu o financiamento do projeto nos
primeiros anos antes de a Câmara Municipal assumir o custo por completo.
Uma das metas mais importantes da EPIS é promover o combate
ao abandono escolar. Em Matosinhos, desde 2008 que participam no projeto cinco
técnicos da Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos (ADEIMA),
dois da Câmara Municipal e outros tantos do Ministério da Educação (um no
Agrupamento de Escolas Prof. Óscar Lopes e outro na Escola Secundária Augusto
Gomes). Nestes oito anos de atividade foram envolvidos mais de 4.750 alunos, sinalizados
pelo risco de abandono ou de insucesso escolar. Ou seja: não se trata de uma
metodologia de intervenção universal, mas dirigida a alunos sinalizados para os
quais é definido um plano individual de intervenção. Dá uma média de cerca de
600 por ano.
Como já disse, os resultados são inquestionáveis e dizem bem
da importância do trabalho que tem vindo a ser feito e da competência e
dedicação de todas as entidades e pessoas envolvidas. No ano passado, por
exemplo, 55,1 por cento dos alunos abrangidos pelo projeto recuperaram para o
sucesso. Aliás, pelo segundo ano consecutivo, foi possível recuperar mais de
metade dos alunos participantes, o que é verdadeiramente excecional.
Na área da Educação, a atribuição do diploma de Membro
Honorário (personalizado, a Guilherme Pinto) é a segunda distinção feita a
Matosinhos num curto espaço de tempo, depois de ter sido admitido na Associação
Internacional das Cidades Educadoras (AICE). É a prova de que Matosinhos continua,
ao longo das várias administrações municipais, a trabalhar bem. Assinalá-lo é
da mais elementar justiça, tal como o é felicitar todas as pessoas e entidades
envolvidas: desde logo, naturalmente, a Câmara Municipal e os seus mais altos
responsáveis (presidentes e vereadores) promotores de uma política educativa
verdadeiramente exemplar. Mas saudar também os professores, os alunos, o
pessoal não docente, as associações de pais, as associações de estudantes e demais
entidades, individuais ou coletivas que contribuem para que Matosinhos esteja
na vanguarda do Ensino em Portugal, com reflexos evidentes no aproveitamento
dos alunos.
(Artigo publicado em O Matosinhense, 26.mai.2016)
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