A Festa do Pontal, iniciativa com que o PSD marca
politicamente cada verão, saldou-se este ano por um não-acontecimento e mais um
exemplo da errática oposição protagonizada por Passos Coelho. Aquilo que é habitualmente
um evento de lançamento da rentrée social-democrata,
foi uma cena patética de alguém que teima em mostrar-se ressabiado por os
portugueses lhe terem retirado a confiança política.
O ex-primeiro-ministro, principal responsável por uma
austeridade que quase atirou Portugal para a miséria, confunde a realidade de
um país que está a crescer em vários indicadores, com um cenário catastrófico
de que fala tanto que parece desejá-lo. Passos não reconhece a descida da taxa
de desemprego, que atingiu recentemente os valores mais baixos desde 2009. Não
reconhece que as empresas vão investir este ano mais do que nunca desde 2007.
Que todos os indicadores de confiança estão em níveis mais elevados do que no
final do ano passado. Custa-lhe admitir que os portugueses têm confiança na
recuperação económica.
O líder do PSD adotou uma postura de quem vive num mundo que
é só dele, negro e deprimente. Mas o Governo está gradualmente a devolver
direitos às pessoas. Em Bruxelas, onde a Direita se mostrou subserviente, Portugal
bate-se agora pelo verdadeiro interesse nacional que é praticar políticas mais
justas e que combatam as desigualdades sociais.
Tenho curiosidade em saber que maneira se comportará Passos
Coelho quando começar a ser definido o próximo Orçamento de Estado. Veremos se
assume a atitude responsável que é lícito esperar do chefe do principal partido
da Oposição ou se prefere continuar a mostrar que não consegue lidar com a
realidade. Até os seus pares se mostram incomodados com a atitude e exigem-lhe
que mude.
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