09 agosto 2016

Super-heróis


Hoje, os jornais traziam na capa e faziam o respetivo desenvolvimento a medalha de bronze brilhantemente conquistada pela “nossa” Telma Monteiro, ontem nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O desempenho da judoca portuguesa permitiu qua a bandeira nacional fosse içada num pódio olímpico, mas o nosso país tem por estes dias outros heróis.

Anteontem, a norte da praia dos Pescadores, em Angeiras, numa zona não vigiada, foi o nadador-salvador Rafael Araújo a vestir o fato de herói. Três crianças que estavam a brincar em poças de água, foram arrastadas pelas ondas e ficaram em perigo. Um banhista que tentou socorrê-las ficou também em apuros. O trabalho de Rafael Araújo foi fundamental para retirar da água duas das crianças. É ele quem conta: “A situação foi exigente. Foram cerca de dez minutos num mar muito agitado. Tinha os miúdos presos a mim, pela cinta, mas por várias vezes a força das ondas empurrava-os. Esperei que uma onda nos cuspisse para fora de águas, mas quando já estávamos na linha de água, uma onda tornou a puxar-nos para o mar. Aquela reviravolta era mesmo para arrastar”.

Era. Mas não foi. A valentia, a coragem, a determinação de Rafael Araújo permitiram que esta fosse uma história com final feliz.

Por estes dias, os bombeiros têm sido outros super-heróis. Valentes, corajosos e determinados como o nadador-salvador de Angeiras, os soldados da paz têm lutado contra as chamas com uma generosidade e entrega que merecem o nosso respeito e admiração. A situação que se vive no continente e, também, na Madeira, é grave e preocupante e só não o é mais porque existem bombeiros em quem confiamos.

Ainda bem que temos nadadores-salvadores e um corpo de bombeiros dedicado, mulheres e homens valentes que arriscam a vida deles para, muitas vezes, salvar a nossa.

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