Hoje, os jornais traziam na capa e faziam o respetivo desenvolvimento
a medalha de bronze brilhantemente conquistada pela “nossa” Telma Monteiro,
ontem nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O desempenho da judoca portuguesa
permitiu qua a bandeira nacional fosse içada num pódio olímpico, mas o nosso
país tem por estes dias outros heróis.
Anteontem, a norte da praia dos Pescadores, em Angeiras, numa
zona não vigiada, foi o nadador-salvador Rafael Araújo a vestir o fato de
herói. Três crianças que estavam a brincar em poças de água, foram arrastadas
pelas ondas e ficaram em perigo. Um banhista que tentou socorrê-las ficou
também em apuros. O trabalho de Rafael Araújo foi fundamental
para retirar da água duas das crianças. É ele quem conta: “A situação foi
exigente. Foram cerca de dez minutos num mar muito agitado. Tinha os miúdos
presos a mim, pela cinta, mas por várias vezes a força das ondas empurrava-os.
Esperei que uma onda nos cuspisse para fora de águas, mas quando já estávamos
na linha de água, uma onda tornou a puxar-nos para o mar. Aquela reviravolta
era mesmo para arrastar”.
Era. Mas não foi. A valentia, a coragem, a determinação de Rafael Araújo permitiram que esta fosse uma história com final feliz.
Por estes dias, os bombeiros têm sido outros super-heróis.
Valentes, corajosos e determinados como o nadador-salvador de Angeiras, os
soldados da paz têm lutado contra as chamas com uma generosidade e entrega que
merecem o nosso respeito e admiração. A situação que se vive no continente e,
também, na Madeira, é grave e preocupante e só não o é mais porque existem
bombeiros em quem confiamos.
Ainda bem que temos nadadores-salvadores e um corpo de
bombeiros dedicado, mulheres e homens valentes que arriscam a vida deles para,
muitas vezes, salvar a nossa.
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