07 agosto 2016

Desemprego diminui em Matosinhos


De maio para junho, o desemprego diminuiu 0,5 por cento no concelho de Matosinhos. Segundo os dados do Sistema de Informação Local, há agora 10.419 desempregados no concelho, menos 408 do que no mês anterior. Face ao período homólogo de 2015, regista-se uma descida do desemprego de 0,9 por cento.

Os dados não são satisfatórios, mas são encorajadores. De 12,3 por cento de desempregados em maio, passou-se para 11,8 por cento em junho. Os resultados estão em linha com a queda a nível nacional, uma vez que há três meses consecutivos que a taxa fica abaixo dos 12 por cento. O desemprego global em Portugal é de 11,2 por cento.

Em termos gerais, o desemprego atingiu um máximo de mais de 17 por cento em 2013 e tem estado a cair progressivamente desde então. Em abril passado baixou dos 12 por cento pela primeira vez, coisa que não acontecia desde 2010. E já não havia valores tão baixos como os agora verificados desde novembro de 2009.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que havia em junho 568.800 pessoas desempregadas em Portugal. São menos quatro mil do que em maio e menos 62.500 do que em junho do ano passado. Se olharmos para as pessoas empregadas, havia 4,532 milhões, o que significa mais 7.700 pessoas do que em maio. Se compararmos com o mesmo mês do ano passado, então há um aumento de 41.500 pessoas empregadas.

Os resultados são encorajadores, qualquer que seja o ângulo por que se olhe para eles. Mas revelam também que há muito a fazer para que o desemprego continue a baixar. Sobretudo, é preocupante o desemprego jovem (pessoas entre os 15 e os 24 anos que estão no mercado de trabalho), cuja taxa é de 27,2 por cento. Compreende-se que muitos jovens tenham procurado no estrangeiro as oportunidades que Portugal lhes recusou. Mas é necessário inverter essa situação e evitar que continue o êxodo de jovens com elevadas qualificações, adquiridas no nosso país, mas postas em prática no estrangeiro. Assumo também uma preocupação especial com as pessoas na casa dos 50 anos, que perderam o emprego e que não conseguem colocação.

O que é que isto quer dizer? Que o governo central e as autarquias têm de continuar a trabalhar e redobrar esforços no sentido de melhorar o índice de confiança e as condições em que a iniciativa privada pode constituir-se como criadora de mais postos de trabalho. É necessário acelerar a execução dos fundos europeus, que dará mais competitividade às empresas. Recordo que ao nível das pequenas e médias empresas, o Governo do Partido Socialista criou um programa com 131 medidas para capitalizar as unidades que estão mais dependentes do crédito bancário de curto prazo.

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