10 agosto 2016

Há esperança


Diariamente vemos e ouvimos coisas que nos levam a perguntar para onde vamos enquanto Sociedade. Os valores éticos e morais são questionados, postos à prova. Muitas vezes, o “mal” prevalece sobre o “bem” que nos ensinaram. E, quando assim é, invariavelmente perguntamos “onde é que isto vai parar?”.

Basta ver televisão ou passar os olhos pelas páginas dos jornais. Estão de cheios de notícias sobre crimes, mais ou menos sórdidos e de outros comportamentos que, não sendo ilegais, são altamente questionáveis do ponto de vista da moralidade.

E depois há sempre qualquer coisa que nos reconcilia com a vida. Aquele casal de Estarreja, por exemplo. No domingo passado, sob o calor abrasador do dia mais quente do ano, milhares de pessoas ficaram retidas na autoestrada A-1, cortada devido aos incêndios. Foram sete horas de uma espera prolongada. Crianças e adultos sem comida nem sequer água para beber. Algumas grávidas.

Lucinda Borges e Paulo Pereira. São o “tal” casal, de Estarreja. Compraram (e pagaram do próprio bolso) mais de mil litros de água para darem de beber a quem estava na autoestrada, preso sem poder sair. "O maior agradecimento que podemos ter foi a sensação de bem-estar por poder ajudar todas aquelas pessoas. Se morresse agora, ficava satisfeita pela ajuda que dei", disse Lucinda.

Mas este casal é apenas um exemplo entre muitos no país. A entrega e dedicação dos portugueses têm sido determinantes para minorar as consequências dos incêndios. São pessoas anónimas, altruístas, solidárias, milhares que evidenciam a generosidade do povo português.

Domingo passado, em Estarreja e noutros locais por esse Portugal fora, a solidariedade voltou a vencer, a falar mais alto. Afinal há esperança para este Mundo.

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