29 maio 2016

Excelência na Educação


A Associação EPIS – Empresários para a Inclusão Social conferiu ao presidente da câmara de Matosinhos o diploma de Membro Honorário da instituição. A atribuição destina-se a sublinhar o envolvimento da autarquia no projeto de redução do abandono e do insucesso escolar no concelho. Tenho-o dito muitas vezes, mas não me canso de o repetir: no campo da Educação, Matosinhos dotou-se de uma política definida e os resultados dessa política são inquestionáveis e traduzem-se na inclusão social e na inversão do percurso escolar de muitos jovens do concelho. Neste caso da EPIS sinto orgulho por ter estado no lançamento do projeto quando fui vereadora municipal. Em Matosinhos, a implantação do projeto foi feita em articulação entre o pelouro da Ação Social, de que eu era vereadora, e o pelouro da Educação, sob a alçada de Correia Pinto.

A EPIS foi fundada em 2006 e tem por missão promover da inclusão social em Portugal dando enfoque à capacitação de jovens necessitados para a realização do seu potencial ao longo da vida. A Formação, a Inserção Profissional e, particularmente, a Educação, são as principais preocupações da associação, empenhada em contribuir para a construção de um futuro mais solidário e competitivo. Os princípios norteadores da EPIS colheram de imediato o apoio da comunidade empresarial que garantiu o financiamento do projeto nos primeiros anos antes de a Câmara Municipal assumir o custo por completo.

Uma das metas mais importantes da EPIS é promover o combate ao abandono escolar. Em Matosinhos, desde 2008 que participam no projeto cinco técnicos da Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos (ADEIMA), dois da Câmara Municipal e outros tantos do Ministério da Educação (um no Agrupamento de Escolas Prof. Óscar Lopes e outro na Escola Secundária Augusto Gomes). Nestes oito anos de atividade foram envolvidos mais de 4.750 alunos, sinalizados pelo risco de abandono ou de insucesso escolar. Ou seja: não se trata de uma metodologia de intervenção universal, mas dirigida a alunos sinalizados para os quais é definido um plano individual de intervenção. Dá uma média de cerca de 600 por ano.

Como já disse, os resultados são inquestionáveis e dizem bem da importância do trabalho que tem vindo a ser feito e da competência e dedicação de todas as entidades e pessoas envolvidas. No ano passado, por exemplo, 55,1 por cento dos alunos abrangidos pelo projeto recuperaram para o sucesso. Aliás, pelo segundo ano consecutivo, foi possível recuperar mais de metade dos alunos participantes, o que é verdadeiramente excecional.

Na área da Educação, a atribuição do diploma de Membro Honorário (personalizado, a Guilherme Pinto) é a segunda distinção feita a Matosinhos num curto espaço de tempo, depois de ter sido admitido na Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE). É a prova de que Matosinhos continua, ao longo das várias administrações municipais, a trabalhar bem. Assinalá-lo é da mais elementar justiça, tal como o é felicitar todas as pessoas e entidades envolvidas: desde logo, naturalmente, a Câmara Municipal e os seus mais altos responsáveis (presidentes e vereadores) promotores de uma política educativa verdadeiramente exemplar. Mas saudar também os professores, os alunos, o pessoal não docente, as associações de pais, as associações de estudantes e demais entidades, individuais ou coletivas que contribuem para que Matosinhos esteja na vanguarda do Ensino em Portugal, com reflexos evidentes no aproveitamento dos alunos.

Numa altura em que se polemizou a questão do financiamento estatal do ensino privado, é reconfortante verificar que a escola pública é capaz de obter excelentes resultados. É o que acontece quando todas as entidades trabalham, como em Matosinhos, no sentido de garantir uma educação de qualidade que se reflete, obviamente, no sucesso académico dos alunos.

(Artigo publicado em O Matosinhense, 26.mai.2016)

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