06 maio 2016

Orquestra de Jazz internacionaliza Matosinhos



Neste primeiro artigo no Notícias Matosinhos, quero começar por saudar o seu editor, Emídio Brandão, e agradecer-lhe o espaço que me concede. Abraço este projeto com muito carinho e a determinação que ponho em tudo o que faço. O Notícias Matosinhos tem um papel fundamental no panorama da imprensa regional, com o seu grafismo apelativo e inovador e a sua informação rigorosa e plural.
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A Orquestra de Jazz de Matosinhos é, a par da nossa gastronomia e do porto e terminal de cruzeiros, um dos nossos maiores embaixadores, contribuindo para a internacionalização do nome de Matosinhos. Dizê-lo é reconhecer o percurso notável da formação, numa altura em que se prepara, novamente, para atravessar o Atlântico para uma semana de concertos no famoso Blue Note, em Nova Iorque. Para a OJM trata-se de um regresso aos EUA onde esteve recentemente no não menos famoso Carnegie Hall, mas sem dúvida, um marco inesquecível para o seu desejavelmente longo percurso.

Uma das mais gratas recordações dos meus doze anos de vereadora é ter “presenciado” o nascimento da Orquestra de Jazz de Matosinhos cuja fundação, em 1999, foi apoiada pela Câmara Municipal. Ao longo dos anos, o projeto ganhou dimensão e, com ela, respeito, notoriedade e credibilidade. E é com essa mistura de ingredientes que a Orquestra de Jazz de Matosinhos chega a parcerias com nomes tão notáveis como os portugueses Maria João, Maria Azevedo ou Carlos Bica ou ainda os internacionalmente conhecidos Joshua Redman, Maria Schneider, Carla Bley, Dee Dee Bridgewater, Maria Rita ou Mayra Andrade.

No seu currículo, a OJM tem atuações regulares nas principais salas portuguesas. Além disso, conta com espetáculos em Barcelona, Bruxelas, Milão, Marselha, Boston e Nova Iorque. Foi aliás a primeira big band portuguesa de jazz a participar num festival norte-americano, em 2007, e realizou completou temporadas em vários clubes nova-iorquinos.

Formando uma verdadeira orquestra de jazz, a OJM apresenta repertórios de todas as variantes estéticas e de todas as épocas. E, como diz na sua página de internet, assume-se “como um fórum alargado de compositores e músicos, lançando pontes, estabelecendo parcerias e produzindo um repertorio nacional próprio específico para big band contemporâneo, versátil e diverso”. Na realidade, a formação guarda a tradição das big bands clássicas, mas investe continuamente em promover continuamente a criação, a investigação, a divulgação e a formação na área do jazz.

A partir de 2010, a Orquestra desenvolve também um projeto destinado à criação de um Centro de Alto Rendimento Artístico (CARA), destinado a promover o diálogo entre arte, ciência e tecnologia, designadamente através de projetos multidisciplinares que visem a investigação e desenvolvimento de soluções para a criação, fruição e disseminação de conteúdos criativos.

Matosinhos agradece, até porque sabemos que a formação tem resistido à pressão para mudar de nome. Mas o sentimento de pertença e de gratidão em relação à cidade que a viu nascer tem falado mais alto…

(Artigo publicado no Notícias Matosinhos, 06.mai.2016)

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