António Guterres é hoje novamente avaliado pelo Conselho de
Segurança da ONU. Na semana passada, a primeira votação para eleger o próximo
Secretário-geral das Nações Unidas, resultou numa vitória do
ex-primeiro-ministro português. Guterres reforçou assim as expetativas de vir a
suceder a Ban Ki-moon. Mas a eleição é uma maratona e não uma corrida de
velocidade e ter sido o mais votado na semana passada, sendo obviamente
importante, não é determinante.
A votação de há oito dias foi feita entre os 15 membros do
Conselho de Segurança da ONU. O exercício será repetido hoje, quando voltam a
ser votadas as 12 candidaturas. Só quando um dos candidatos obtiver, pelo
menos, nove votos, incluindo os da China, França, Estados Unidos, Reino Unido e
Rússia (que são membros permanentes) é que o Conselho de Segurança indicará
esse nome à Assembleia Geral. A votação é secreta.
Como se pode ver, a designação e eleição para
Secretário-geral da ONU é demorada e difícil. Apesar de todo o processo estar em
andamento há meses, espera-se que só para outubro ou novembro esta concluído.
Até lá, acredito e espero que a escolha seja favorável a António Guterres.
Como já AQUI o disse, António Guterres é o
melhor candidato. Não obviamente por ser português, mas por ter um currículo
riquíssimo de uma vida dedicada à causa pública e humanitária, com destaque
para o trabalho desenvolvido como Alto-comissário das Nações Unidas para os
Refugiados (ACNUR).
A concorrência, no entanto, é também fortíssima. Há uma
corrente que defende que o próximo Secretário-geral deve ser uma mulher,
oriunda do leste da Europa. Sabendo-se que o voto da Rússia é necessário para a
eleição, compreendemos melhor que a tarefa de António Guterres não será fácil.
Porém, se aquilo que contar for apenas e só a competência para liderar a maior
organização política e diplomática do Mundo, então o ex-primeiro-ministro
estará sempre na linha da frente.
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