22 julho 2016

Ouro para Matosinhos


A atleta matosinhense Elsa Taborda regressou da primeira edição dos Trisome Games, disputados em Florença, na Itália, com três medalhas (duas de prata e uma de bronze) e dois recordes da Europa. Os Trisome Games são considerados como os “Jogos Olímpicos da Síndrome de Down” e a Elsa Taborda é utente da APPACM de Matosinhos.

Não é a primeira vez que a atleta matosinhense se destaca em competições internacionais e foi com naturalidade que soubemos da sua convocatória para representar Portugal em Florença. Logo no primeiro dia de competição ganhou a medalha de prata na prova de 1500 metros T21 (em que bateu o recorde da Europa). No dia seguinte voltou a ganhar a prata, na estafeta 4x100 metros T21. Elsa Taborda conclui a sua participação com o terceiro lugar (medalha de bronze e recorde da Europa) nos 800 metros. Está de parabéns a atleta de Matosinhos que dá ao seu país e aos seus compatriotas o exemplo do que é lutar contra a adversidade.

A missão portuguesa nestes primeiros Trisome Games esteve a cargo da Associação Nacional do Desporto do Deficiente Intelectual e era constituída por 27 atletas que competiram nas modalidades de Atletismo, Judo, Ténis de Mesa e Natação. O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, deslocou-se propositadamente ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, para se despedir da comitiva e desejar as maiores felicidades e os maiores sucessos aos atletas.

No final do torneio, registo o facto de Portugal ter ganho medalhas nas quatro modalidades em que participou, contabilizando um total de 33, das quais seis de ouro.

A Síndrome de Down ou Trissomia do cromossoma 21 é um distúrbio genético causado por um cromossoma a mais no par 21. A anomalia genética faz com que os bebés nasçam com características físicas específicas. A perturbação do desenvolvimento intelectual é um dos problemas. Como a causa da doença não é conhecida, qualquer casal pode ter um bebé com Trissomia 21. Em Portugal, um em cada 800 bebés nasce com Trissomia 21. Quando a doença é detetada nos fetos, 95 por cento dos pais optam por uma interrupção voluntária da gravidez. Estima-se que haja cerca de 15 mil pessoas em Portugal que são portadoras da doença.

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