15 julho 2016

Luto por Nice


O Mundo voltou a deitar-se horrorizado com as notícias provenientes de Nice. À hora a que escrevo estas linhas, o balanço aponta para 84 mortos, mais de uma centena de feridos. Até agora, o ataque terrorista, se disso se tratou, não foi reivindicado, mas as autoridades apontam o dedo ao Estado Islâmico.

Repudio e condeno o atentado e lamento as vítimas. Apesar de ter ocorrido em Nice, trata-se de um atentado contra todos os países democráticos que partilham os valores da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade que estiveram na base da Revolução Francesa cujo aniversário se comemorava precisamente ontem. A escolha do dia nacional francês atinge particularmente o orgulho nacional.

Enquanto pacifista, condeno todas as formas de violência. Todas. Mas tenho uma convicção: temos de declarar guerra ao terrorismo. A Europa e o Mundo têm de encontrar uma solução para que as populações possam reencontrar a paz e a dignidade em que qualquer ser humano deve viver. A Organização das Nações Unidas tem forçosamente de recuperar a influência política e social que perdeu ao longo dos anos para voltar a ter o papel de pacificadora que esteve na origem da sua fundação. Caso seja eleito Secretário-geral da organização, António Guterres terá sobre os ombros uma responsabilidade tremenda. E terá pela frente um mandato mais difícil do que todos os seus antecessores.

Nos próximos dias, haverá certamente inúmeras manifestações de condenação a este atentado. Apelo à participação de todos, porque a declaração de guerra ao terrorismo tem de envolver também a sociedade civil.

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