O Mundo voltou a deitar-se horrorizado com as notícias
provenientes de Nice. À hora a que escrevo estas linhas, o balanço aponta para 84
mortos, mais de uma centena de feridos. Até agora, o ataque terrorista, se
disso se tratou, não foi reivindicado, mas as autoridades apontam o dedo ao Estado
Islâmico.
Repudio e condeno o atentado e lamento as vítimas. Apesar de
ter ocorrido em Nice, trata-se de um atentado contra todos os países
democráticos que partilham os valores da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade
que estiveram na base da Revolução Francesa cujo aniversário se comemorava
precisamente ontem. A escolha do dia nacional francês atinge particularmente o
orgulho nacional.
Enquanto pacifista, condeno todas as formas de violência.
Todas. Mas tenho uma convicção: temos de declarar guerra ao terrorismo. A
Europa e o Mundo têm de encontrar uma solução para que as populações possam
reencontrar a paz e a dignidade em que qualquer ser humano deve viver. A
Organização das Nações Unidas tem forçosamente de recuperar a influência
política e social que perdeu ao longo dos anos para voltar a ter o papel de
pacificadora que esteve na origem da sua fundação. Caso seja eleito
Secretário-geral da organização, António Guterres terá sobre os ombros uma
responsabilidade tremenda. E terá pela frente um mandato mais difícil do que
todos os seus antecessores.
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