Em Matosinhos, são centenas, mobilizando milhares de
pessoas. Há-as de todos os géneros: desportivas, culturais, sociais, religiosas,
profissionais. Dos ranchos folclóricos às associações de solidariedade social. Das
associações de pais às associações de reformados. São tantas que houve mesmo
necessidade, em 1997, de criar uma Associação das Coletividades de Matosinhos. São
agremiações de índole e dimensão várias que, através das atividades que
promovem, são importantes para o concelho, porque substituem o Estado em
funções que este não tem capacidade para desempenhar.
A vida destas coletividades depende muitas vezes da boa
vontade e da disponibilidade de uma mão cheia de altruístas. Sei-o por
experiência própria, porque estou desde há muitos anos envolvida em várias
associações de solidariedade social. Há pessoas que se dedicam por inteiro à
vida associativa. São anos a fio de voluntariado, a maioria das vezes no mais
completo anonimato, a trabalhar para o bem da comunidade.
Uma das instituições mais antigas e respeitadas do concelho
é o Orfeão de Matosinhos. Fundado em 1917, contou logo com um grande coro, só
com vozes masculinas. Ainda nos primeiros anos começou a organizar outras
atividades, tornando-se muito pujante até aos anos 40. Após um período de
inatividade, renasceu nos anos 60, mantendo em atividade um coro, um grupo de
teatro, jograis, secção de pesca desportiva, teatro de fantoches e variedades. Durante
muitos anos, os bailes organizados pelo Orfeão foram um acontecimento em
Matosinhos. O coro misto conta com várias internacionalizações e encontra-se neste
momento em fase de revitalização.
(Artigo publicado no Notícias Matosinhos, 01.jul.2016)
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