Quando decidi envolver-me na Política, fi-lo com a convicção
de que poderia ser útil e contribuir para o desenvolvimento da minha terra, do
meu País, da sociedade em geral. Queria, acima de tudo, melhorar as condições
de vida das pessoas. Durante os doze anos em que fui vereadora na Câmara de
Matosinhos, habituei-me a praticar uma política de proximidade com a população
que me permitiu conhecer todas as freguesias do concelho, a grande maioria das
instituições e muitas das forças vivas da sociedade matosinhense. Ainda bem:
foi a melhor forma de ser, junto do executivo municipal, a porta-voz das
reivindicações e anseios das pessoas.
Fui assim enquanto vereadora e sou assim enquanto deputada
na Assembleia da República. Sempre estive, e continuo, muito empenhada em
cultivar esse elo com a população. Mantenho, desde sempre, o meu hábito de visitar
as coletividades do concelho e de participar nas iniciativas que promovem. Essa
minha participação representa o apoio e o respeito que as coletividades me
merecem e também o meu reconhecimento pelo papel social que muitas desempenham.
A minha relação com as coletividades prolonga-se além das
fronteiras do concelho. Como deputada, quero ser, em Lisboa ou onde estiver, a
extensão de Matosinhos. Essa é, aliás, a razão pela qual tenho sempre muito
gosto em receber matosinhenses no Parlamento. Nos últimos meses, tive a honra
de receber vários grupos provenientes de Matosinhos e de praticar, em Lisboa, a
mesma política de proximidade que privilegio no concelho.
Em maio passado, uma delegação da Juventude Socialista de
Matosinhos foi recebida, a meu pedido, pelo Ministério da Educação. Os jovens
socialistas estavam preocupados com o estado de conservação da Escola
Secundária do Padrão da Légua e com o embargo das obras, que nunca mais
arrancavam. Da reunião com o Ministério, a JS saiu com a garantia de que as obras
seriam retomadas assim que o ano letivo acabasse e obteve da parte do chefe de
gabinete da Secretária de Estado Adjunta da Educação o compromisso de honra de
que as obras começariam assim que acabasse o ano escolar, o que está prestes a
acontecer.
Na altura, comprometi-me a continuar a acompanhar este
assunto de forma a garantir que as expetativas criadas fossem concretizadas. Neste
momento falta apenas um visto do Tribunal de Contas e as obras vão mesmo
avançar. O estaleiro e os materiais necessários à recuperação da escola já
estão no local. Pode a Juventude Socialista orgulhar-se da sua intervenção
cívica e pode a comunidade escolar ficar tranquila: no próximo ano letivo haverá
melhores condições na Escola do Padrão da Légua.
Mais recentemente, recebi um grupo de mais de uma centena de
pessoas vindas de Matosinhos e Leça da Palmeira. Foi também um prazer enorme
ter sido anfitriã no Parlamento deste grupo de pessoas da minha terra. Desta
vez, a visita teve um sabor especial por ter ocorrido no seguimento de uma
tertúlia organizada pela Associação Matosinhos do Passado ao Futuro, em que eu
tinha participado.
Já este mês, fui agradavelmente surpreendida pela visita de
um grupo de utentes do Projeto “Prá Frente Sénior”, da União de Freguesias de
Custóias, Leça do Balio e Guifões. O grupo deslocou-se a Lisboa a convite de um
programa televisivo e aproveitou para visitar a Assembleia da República, onde
foi recebido por mim. Neste caso, a satisfação foi redobrada por se tratar de
um grupo que promove o combate ao abandono e isolamento dos idosos, tema que
tem estado no centro das minhas preocupações.
Como não me canso de referir, os políticos devem
aproximar-se das pessoas, para que estas se aproximem da Política. Partilho a
preocupação, expressa por muitos comentadores, de que os cidadãos têm vindo a
desinteressar-se progressivamente da Política, o que se traduz, nomeadamente, por
altas percentagens de abstenção em atos eleitorais.
Uma parte importante do meu trabalho de deputada é
precisamente estar à escuta das preocupações e anseios da população para lhe
poder dar resposta. Por isso estou muito presente nos eventos da comunidade.
Participo e apoio muitas iniciativas promovidas pelas instituições locais, a
quem reconheço o papel fundamental de substituírem o Estado em áreas em que
este não pode ou não está vocacionado para intervir.
(Artigo publicado no "Jornal de Matosinhos", 29.jul.2016)
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