Prossegue até ao final deste mês o ciclo de sessões de
reflexão “Ouvir Matosinhos” com o qual a candidatura socialista às próximas
eleições autárquicas pretende auscultar a população do concelho. Julgo que é
tempo de envolver as populações locais no processo autárquico e a forte
afluência que se verificou nas sessões já realizadas prova que as pessoas têm
ideias e querem participar na construção de um Matosinhos que seja cada mais
justo, inclusivo e equilibrado.
Até à data foram realizados os encontros relativos a
Matosinhos, S. Mamede de Infesta e Custóias que tiveram como denominador comum
a forte participação pública que levou a lotar completamente os locais
escolhidos para as sessões. Também qualitativamente as sessões foram extraordinariamente
enriquecedoras porque permitiram abordar diversos problemas que afetam as
populações notando-se claramente que há preocupações transversais a todas as
freguesias e questões próprias a cada uma delas.
Apenas a título de exemplo, assuntos como a descentralização
de competências para as autarquias, a expansão da rede do Metro do Porto e a
qualidade dos transportes públicos em geral e o investimento no plano social e
da saúde foram comuns às três sessões já realizadas, tal como continuar o legado
de Guilherme Pinto nas áreas da cultura e da reabilitação urbana, entre outras.
No campo da saúde, sobressaem as preocupações relacionadas com a prevenção de
doenças como a hipertensão e a diabetes.
Por outro lado, o desemprego jovem e de longa duração e o
envelhecimento da população, com a necessidade de encontrar respostas para o
envelhecimento ativo e a inexistência de oferta de serviços na área dos
cuidados continuados são questões que têm sido muito valorizadas pelos
participantes e a que o próximo executivo municipal deverá dar solução.
A par destas preocupações comuns, há questões específicas a
Matosinhos, S. Mamede de Infesta e Custóias. Na primeira sessão, na Biblioteca
Florbela Espanca, debateu-se o turismo e a forma de potenciar a presença dos
passageiros que chegam ao novo Terminal de Cruzeiros, tendo sido igualmente
discutidas as novas plataformas digitais das smart cities. Já em S. Mamede de Infesta estiveram em cima da mesa
a questão das acessibilidades, a eliminação de barreiras arquitetónicas que
ainda existem e a reabilitação ou deslocalização do mercado local. A mobilidade
no Largo do Souto e na Rua Cândido dos Reis, a utilização do Lugar das Docas,
em Esposade, ou das Pedreiras de S. Gens marcaram a sessão realizada em
Custóias onde se debateu também a política de ambiente relacionada com a
limpeza urbana.
De todas estas questões e de todas as outras tomei a devida
nota, consciente de que há questões que são de mais rápida solução de que
outras. Apesar de eu conhecer bem o concelho e as suas necessidades, o “Ouvir
Matosinhos” permitiu-me cimentar ideias e olhar para alguns problemas sob uma
perspetiva diferente. Por isso acho importante este exercício de cidadania que
também tem a vantagem de mobilizar o concelho na discussão sobre o que queremos
para o futuro.
A próxima sessão será na próxima segunda-feira, dia 6 de
março, na Casa da Juventude de Santa Cruz do Bispo. Seguem-se Senhora da Hora,
Perafita, Lavra, Guifões, Leça do Balio e Leça da Palmeira. Esteja atento à
minha página de Facebook e ao meu blogue pessoal para conhecer as restantes
datas e locais. As sessões são abertas a todos, socialistas, independentes ou
de outra cor política – no fundo, todos temos uma palavra a dizer e quero ouvir
a sua.
(Artigo publicado no "Jornal de Matosinhos", de 02.mar.2017)
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