Estão a chegar as festas em honra do Senhor de Matosinhos
que como habitualmente incluem um vasto programa de iniciativas de caráter
religioso e atividades lúdicas e culturais. A Festa do Senhor de Matosinhos
(Bom Jesus de Bouças, como era inicialmente conhecido) é o momento maior entre
as romarias do concelho, um acontecimento importante para Matosinhos e para
toda a região pelos muitos milhares de pessoas que acorrem à cidade e pela
animação que provocam do primeiro ao último dia.
Durante cerca de três semanas, temos encontro marcado com a
festa, com o fogo-de-artifício, com a feira de artesanato e da louça e com os
carrosséis, sem esquecer a parte da gastronomia com a doçaria conventual, o pão
com chouriço e o cheiro a sardinha assada e a farturas. É tempo de festa, de
receber amigos, de atrair visitantes e turistas e de os cativar para que voltem
mais vezes e contribuam, com a sua presença, para movimentar o comércio e a
economia locais.
O Senhor de Matosinhos é também, claro, um momento de fé para
milhares de fiéis que homenageiam o patrono e padroeiro da cidade. Para mim, é
também voltar os meus anos de catraia, em que não dispensava o brinquedo de
madeira, ou da corda de saltar, do algodão doce, das senhas da tômbola da Obra
do Padre Grilo. Mais tarde, já adolescente, o que mais queria era experimentar o
twister e outras novidades plenas de
adrenalina, locais em que me encontrava com os meus escola de escola, a Augusto
Gomes, que eu então frequentava.
Olho para trás e vejo que o Senhor de Matosinhos continua,
hoje como antes, a juntar as famílias, jovens e adultos, perpetuando uma
tradição já antiga. Isso é algo que devemos valorizar, porque é um traço da
nossa identidade coletiva.
Termino com o desejo de que todos os matosinhenses encontrem
no Senhor de Matosinhos motivos de alegria, de divertimento e, também, claro, de
recolhimento espiritual para aqueles que o procurarem. Que a alegria seja para
todos, dos mais jovens aos mais idosos.
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