Só depois da Revolução dos Cravos é que o 1º de Maio se
tornou feriado em Portugal, mas a data é assinalada há mais de cem anos. Foi
ainda no final do século XIX que a Internacional Socialista começou a convocar,
todos os anos nesta data, uma jornada de luta e reivindicação pelos direitos
dos trabalhadores. Em Portugal, durante o Estado Novo, a celebração era
proibida e severamente reprimida.
O 1º de Maio tem pois uma longa tradição de luta e de
reivindicações. Se há muito que os trabalhadores conquistaram ao longo dos
tempos – jornada de oito horas de trabalho, salários mínimo, direito à
sindicalização e à greve, etc – há muito ainda por conquistar e o Dia
Internacional do Trabalhador é a data indicada para o relembrar.
Este ano, o 1º de Maio deve ser celebrado lembrando que o
combate à precariedade é uma prioridade, a par da criação de apoios aos jovens
que procuram o primeiro emprego e cuja taxa de desemprego é elevadíssima e de
condições para que a geração acima dos 50 anos que se encontra desempregada
possa reintegrar o mercado de trabalho.
No triângulo cujos vértices são o combate à precariedade, ao
desemprego jovem e ao desemprego de longa duração assentam as questões mais
preocupantes e que só poderão ser resolvidas com um continuado investimento na
formação e da qualificação profissionais. Sim, porque o direito ao trabalho e a
uma remuneração justa deve ser o primado da defesa dos trabalhadores.
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