07 maio 2017

Manuel Pizarro

Participei ontem, em Lisboa, na Convenção Nacional Autárquica do PS que ficou marcada pela grande união em torno de todos os candidatos do partido às próximas eleições e, sobretudo, pela grande coragem política de Manuel Pizarro. O presidente da Federação Distrital do Porto  decidiu assumir a candidatura à Câmara da Invicta depois de Rui Moreira ter posto em causa o apoio que o Partido Socialista estava na disponibilidade de lhe dar.

Sejamos claros: o apoio do PS à candidatura do independente Manuel Moreira era natural em função do trabalho realizado durante os últimos três anos e meio. Depois das eleições de 2013, o acordo com Rui Moreira permitiu concretizar quase 90 por cento dos compromissos eleitorais do PS. Ou seja: o partido preservou a sua identidade e contribuiu de forma decisiva para um mandato globalmente positivo do executivo camarário.

Sendo ainda mais clara: uma grande parte desse trabalho foi da responsabilidade de Manuel Pizarro. O próprio Rui Moreira o reconheceu quando admitiu convidar Pizarro “que tem sido de uma enorme lealdade e competência”. Por isso, foi surpreendente e inesperada a decisão do atual presidente da Câmara não aceitar o apoio que o PS se preparava para dar à sua recandidatura.

Como disse o secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, “o PS não se impõe onde não é desejado”. Rui Moreira não quer o apoio do PS e, sendo assim, não o terá. Em nome da dignidade do partido, o PS vai avançar para uma candidatura própria protagonizada por Manuel Pizarro.

Como partido de grande implantação popular, a candidatura do PS no Porto será uma candidatura forte, que vai dificultar muito a caminhada triunfal que se adivinhava para Rui Moreira. Conhecendo Manuel Pizarro como conheço, com a sua elevadíssima competência e capacidade de trabalho, a campanha socialista no Porto vai ser forte e mobilizadora. Não tenho dúvidas de que Manuel Pizarro, a quem dou o meu apoio total e incondicional, vai apresentar as melhores soluções para resolver os problemas que afetam a cidade do Porto. E também não tenho dúvidas de que o Porto vai reconhecer e valorizar o trabalho de Manuel Pizarro.

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