07 fevereiro 2017

Matosinhos e a 4ª Revolução Industrial

25 Mil milhões de euros. É este o montante que Portugal irá receber até 2020 para estimular o crescimento e a criação de Emprego e promover as intervenções necessárias para concretizar esses objetivos. No âmbito do Portugal 2020, pretende-se incentivar a produção de bens e serviços transacionáveis, o Incremento das exportações e a transferência de resultados do sistema científico para o tecido produtivo. O programa prevê também o cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, a redução dos níveis de abandono escolar precoce e a integração das pessoas em risco de pobreza e combate à exclusão social. A promoção do desenvolvimento sustentável, o reforço da coesão territorial, particularmente nas regiões de baixa densidade e a racionalização, modernização e capacitação da Administração Pública, são outros dos objetivos.

É no quadro do Portugal 2020 (que está em vigor desde 2014) que foi há dias anunciada a Estratégia para a Indústria 4.0, um conjunto de sessenta medidas de iniciativa pública e privada que deverão ter impacto em mais de 50 mil empresas e permitirão formar mais de 20 mil trabalhadores em competências digitais. Haverá 4,5 mil milhões de euros que serão injetados na economia, valor que representa o investimento em recursos relevantes para a transformação digital da economia.

O CEiiA, de Matosinhos, é um dos parceiros do projeto. Através da parceria com a Startup Portugal, a empresa matosinhense vai possibilitar a incubação e aceleração de startups ligadas à digitalização da indústria. O CEiia é um centro de engenharia e desenvolvimento de produtos para a indústria aeronáutica, automóvel e de mobilidade. Até 2020, a empresa será um espaço de produtização e prototipagem integrado na estratégia nacional para a Indústria 4.0, desenvolvida em paralelo com a Startup Portugal, a estratégia nacional para o empreendedorismo, lançada em 2016.

No arranque desta incubadora e aceleradora de produtização e prototipagem vão estar startups tecnológicas que poderão trabalhar diretamente com multinacionais como a Mitsubishi, a Siemens ou a Autoeuropa, por exemplo. A ideia é que a partilha do espaço possa contribuir para ajudar a transformar ideias em produtos de forma sistemática.

Há quase um ano que o Governo tem vindo a desenvolver a estratégia nacional para Indústria 4.0, em parceria com mais de 200 empresas que foram ouvidas sobre as formas que consideram mais eficazes de apoio para aquela a chamada 4ª Revolução Industrial.

Que Matosinhos, através do CEiiA, tenha um papel preponderante na estratégia nacional para Indústria 4.0 é uma prova evidente de que o concelho soube evoluir acolhendo também atividades não tradicionais onde começa a dar cartas. Como tenho dito e escrito noutras ocasiões, o investimento em Educação e em Investigação e Desenvolvimento é um investimento que frutifica. 

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