25 Mil milhões de euros. É este o montante que Portugal irá
receber até 2020 para estimular o crescimento e a criação de
Emprego e promover as intervenções necessárias para concretizar esses
objetivos. No âmbito do Portugal 2020, pretende-se incentivar a produção de
bens e serviços transacionáveis, o Incremento das exportações e a transferência
de resultados do sistema científico para o tecido produtivo. O programa prevê
também o cumprimento da escolaridade obrigatória até aos 18 anos, a redução dos
níveis de abandono escolar precoce e a integração das pessoas em risco de
pobreza e combate à exclusão social. A promoção do desenvolvimento sustentável,
o reforço da coesão territorial, particularmente nas regiões de baixa densidade
e a racionalização, modernização e capacitação da Administração Pública, são outros
dos objetivos.
É no quadro do Portugal 2020 (que está em vigor desde 2014) que
foi há dias anunciada a Estratégia para a Indústria 4.0, um conjunto de sessenta
medidas de iniciativa pública e privada que deverão ter impacto em mais de 50
mil empresas e permitirão formar mais de 20 mil trabalhadores em competências
digitais. Haverá 4,5 mil milhões de euros que serão injetados na economia,
valor que representa o investimento em recursos relevantes para a transformação
digital da economia.
O CEiiA, de Matosinhos, é um dos parceiros do projeto.
Através da parceria com a Startup Portugal, a empresa matosinhense vai
possibilitar a incubação e aceleração de startups ligadas à digitalização da
indústria. O CEiia é um centro de engenharia e desenvolvimento de produtos para
a indústria aeronáutica, automóvel e de mobilidade. Até 2020, a empresa será um
espaço de produtização e prototipagem integrado na estratégia nacional para a
Indústria 4.0, desenvolvida em paralelo com a Startup Portugal, a estratégia
nacional para o empreendedorismo, lançada em 2016.
No arranque desta incubadora e aceleradora de produtização e
prototipagem vão estar startups tecnológicas que poderão trabalhar diretamente
com multinacionais como a Mitsubishi, a Siemens ou a Autoeuropa, por exemplo. A
ideia é que a partilha do espaço possa contribuir para ajudar a transformar
ideias em produtos de forma sistemática.
Há quase um ano que o Governo tem vindo a desenvolver a estratégia
nacional para Indústria 4.0, em parceria com mais de 200 empresas que foram
ouvidas sobre as formas que consideram mais eficazes de apoio para aquela a chamada
4ª Revolução Industrial.
Que Matosinhos, através do CEiiA, tenha um papel
preponderante na estratégia nacional para Indústria 4.0 é uma prova evidente de
que o concelho soube evoluir acolhendo também atividades não tradicionais onde
começa a dar cartas. Como tenho dito e escrito noutras ocasiões, o investimento
em Educação e em Investigação e Desenvolvimento é um investimento que
frutifica.
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