Estamos a escassos dias do Natal, tempo de paz e de família.
Para as crianças, esta será a época mais feliz do ano, com a impaciência
natural de quem quer saber se o Pai Natal recebeu atempadamente a carta com os
pedidos de prendas de quem se portou bem.
Todos nós e não apenas as crianças, desejamos prendas. As
minhas, já não as peço ao Pai Natal, mas, se lhe escrevesse, eis o que pediria:
- Saúde. É o que desejo para todos e é o meu primeiro
pedido. Numa sociedade envelhecida como a nossa, os cuidados de saúde são cada
vez mais necessários e todos sentimos isso mesmo naqueles que nos são próximos.
- Emprego. Os números do emprego melhoraram substancialmente
durante este ano, mas o desemprego, sobretudo entre os jovens, continua a ser
um problema sério a que é necessário por termo. E quando falo em emprego incluo
todas as pessoas que se encontram no desemprego mas também todas aquelas, e são
muitas, que se encontram em situação precária.
- Inclusão. Não é admissível qualquer discriminação em função
da raça, sexo, crença religiosa, ideologia política, diminuição física, origem
social ou qualquer outra. Todos diferentes, todos iguais em dignidade e em
direitos, tal como proclama a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Todos
somos diferentes e é essa diversidade que nos enriquece enquanto sociedade.
- Ambiente. A sustentabilidade do planeta é uma
responsabilidade de todos e todos devemos ter consciência disso. Reduzir, Reutilizar,
Reciclar tem de ser uma preocupação comum e constante.
- Paz. A construção da paz no mundo é um processo que
deveria alienar recursos de todas as grandes potências. Se calhar, nunca desde
o final da guerra fria o contexto foi tão desfavorável à instauração da paz,
mas os homens e as mulheres de boa vontade devem continuar a bater-se por ela.
- Equidade. Todos devem ter as mesmas oportunidades. Na
escola, no trabalho, na saúde, na justiça.
Sim, eu sei – isto não são coisas que se peçam ao Pai Natal. Melhor assim: como grande parte delas depende apenas e só de nós mesmo, talvez consigamos, pelo menos, algumas. É que eu já não acredito no Pai Natal, mas ainda acredito nas pessoas. E acredito que são elas – as pessoas – que podem fazer a diferença.
Boas festas!
(Artigo publicado no jornal "O Matosinhense", de 22.dez.2016)
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