O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, voltou a
Matosinhos na semana passada, onde presidiu à inauguração do conjunto
escultórico “Dois Gémeos” em homenagem a Manuel da Silva Passos e José da Silva
Passos. A peça, do escultor Julião Sarmento, ficou no Passeio da Praia, a
marginal de Matosinhos.
Os irmãos Passos, mais conhecidos por Passos Manuel e Passos
José, foram dois dos mais relevantes políticos portugueses do século IXX e das
figurais mais importantes nascidas no julgado de Bouças, hoje Matosinhos. Ambos
ficaram na história: José, o mais velho, foi o primeiro presidente eleito da
Câmara do Porto e principal autor do Código Administrativo de 1836. O mais
novo, Manuel, além de ter sido primeiro-ministro, lançou as bases do sistema público
de ensino e promoveu medidas importantes no domínio das artes.
Na cerimónia, o presidente da Câmara de Matosinhos,
Guilherme Pinto, desafiou António Costa para se inspirar nos dois irmãos
nascidos em Matosinhos e acreditar no futuro dos portugueses. Um desafio que o
primeiro-ministro aceitou de bom grado, até porque a figura de Passos Manuel
lhe é familiar: é que, na sua juventude, António Costa frequentou a Escola
Básica e Secundária Passos Manuel, em Lisboa…
Naturalmente, não seria precisa essa coincidência. O governo
do Partido Socialista entrou em funções há cerca de um ano (a 26 de novembro de
2015) mas a situação que se vive atualmente no País é muito diferente da que se
vivia então. Temos hoje mais emprego (e menos desemprego) do que há um ano, o
salário mínimo aumentou (e vai voltar a aumentar), voltou a investir-se na
Educação, na Saúde, na Justiça, na Cultura, na Ciência, na Agricultura. Com o
atual Governo, Portugal voltou a crescer e, sobretudo, devolveu a esperança e a
confiança aos portugueses. Houve um trabalho importantíssimo da parte desde
Governo – de todos os ministérios – para inverter uma situação de descrença
geral e de profundo pessimismo. Agora, depois de resolvida a questão da
liderança da Caixa Geral de Depósitos – espero que o PSD reveja a sua posição
descabelada sobre este assunto – até a banca portuguesa parece estabilizada.
Finalmente!
Para continuar a desenvolver Portugal é fundamental continuar
a atrair investimento que seja gerador de empregos qualificados. É essencial
estancar a hemorragia de doutorados e licenciados que procuravam o estrangeiro
porque não encontravam trabalho em Portugal. Temos de criar condições para que
essas pessoas possam desenvolver aqui a sua atividade e contribuírem para o
crescimento do nosso País.
Desenvolver Portugal também é honrar Passos Manuel e Passos
José, os irmãos Passos, de Matosinhos.
(Artigo publicado no jornal "O Matosinhense", 08.dez.2016)
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