02 dezembro 2016

Dia Mundial de Luta Contra a Sida


O Dia Mundial de Luta Contra a Sida, que ontem se comemorou, destina-se a alertar as populações para a necessidade de prevenção e de precaução contra o vírus da Sida, um vírus que ataca o sistema sanguíneo e o sistema imunológico do doente. A efeméride pretende também lembrar todas as vítimas que faleceram ou que estão infetadas com a doença. Este ano, o tema do Dia Mundial de Luta Contra a Sida de 2016 foi "Aceda aos Direitos de Equidade Agora". No ano passado, o acesso ao tratamento da Sida atingiu 15 milhões de pessoas, mas mais de 60 por cento das pessoas com VIH continuam sem acesso à terapia anti-retroviral.

A Sida ou VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) foi descoberta em 1981. Desde então, matou mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo em África. O contágio pode fazer através de relações sexuais, pelo contacto com sangue infetado ou ainda de mãe para filho, durante a gravidez ou o parto ou ainda pela amamentação.

Segundo um estudo do Instituto Nacional de Saúde – Dr. Ricardo Jorge apresentado esta quarta-feira, no ano passado foram diagnosticados 990 casos em Portugal (73 por cento dos doentes são homens, têm em média 39 anos e metade vive na região de Lisboa). O contágio fez-se sobretudo através de relações sexuais, em 94,9 por cento dos casos, mais de metade dos quais (54,4 por cento) a referirem transmissão heterossexual. A transmissão decorrente de relações sexuais entre homens foi apontada em 53,8 por cento dos casos de sexo masculino. As infeções associadas ao consumo de droga foram inferiores a cinco por cento.

À semelhança do que acontece noutros países europeus, em Portugal continua elevada a proporção de pessoas com um diagnóstico tardio (quando já há sintomas de Sida ou a ela associados). Para a Associação Portuguesa para a Prevenção e Desafio à Sida SER +, a percentagem de diagnósticos tardios é superior a 60 por cento. No entanto, segundo a informação disponível as atitudes e comportamentos da população regista uma evolução favorável, com mais de 70 por ceto a referir não terem dúvidas sobre as formas de se proteger contra a SIDA e apenas 6,4 por cento a consideraram um risco partilhar o mesmo local com uma pessoa infetada como do vírus da Sida. Cerca de 36 por cento das pessoas dizem utilizar preservativo sempre ou maior parte das vezes que têm relações sexuais e 84,4 porcento afirmam utilizar sempre o preservativo em relações ocasionais.

Ontem, o Dia Mundial de Luta contra a Sida foi marcado pelo arranque de um programa-piloto que permite aos doentes com VIH irem buscar os medicamentos às farmácias em vez de irem obrigatoriamente a um hospital, como acontecia até agora. O programa é da responsabilidade do Ministério da Saúde e conta um grupo de 800 doentes voluntários que são acompanhados no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Para já, são 200 as farmácias envolvidas, mas o número aumentará para as 300 até ao final do ano. Com este projeto, o Ministério da Saúde e o Governo dão um passo importante para tornar mais acessível o tratamento das pessoas infetadas com o VIH. É mais um caso em que fica provado que para o Partido Socialista, o que conta são as pessoas.

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