12 setembro 2016

Em Paris, pelos jovens



Estou em Paris, onde começou hoje e termina amanhã a conferência de líderes socialistas da Europa. Em vésperas da Cimeira Europeia de Bratislava, na Eslováquia, os dirigentes socialistas vão debater a proposta de criação de um Passaporte Europeu para a Mobilidade com o objetivo de promover o intercâmbio profissional dos jovens entre os vários Estados-membros.

A crise financeira, económica e social em que a Europa se encontra mergulhada (crise política também, com o Brexit como pano de fundo) teve uma incidência particular nos jovens. É pensando sobretudo neles e na necessidade de criar mecanismos que facilitem a sua participação ativa que se justifica a criação do Passaporte.

Na conferência, em que participo em representação do presidente do PS, Carlos César, vou defender que o Passaporte Europeu para a Mobilidade constitui um desafio para os Estados-membros da União Europeia. É que, se for aprovado, tal como espero, o documento vai permitir aos jovens, a partir dos 15 anos, terem acesso automático e imediato a inúmeros projetos europeus no âmbito do voluntariado e apoio ao emprego.

Tenho a convicção profunda de que temos de fazer com que os jovens se aproximem do projeto europeu. Se os jovens perdem a confiança no projeto europeu, é a própria União Europeia, como um todo, que estará em perigo.

No final do encontro, que termina amanhã, será divulgado um documento a apresentar na Cimeira Europeia de Bratislava, na Eslováquia, no próximo dia 16 de setembro. Aí, entre outras matérias, os socialistas pretendem apresentar um conjunto de políticas progressistas que promovam e a criação de emprego e o crescimento económico.  

2 comentários:

  1. Senhora Doutora Luísa Salgueiro,
    Como diz na “nota de abertura” este espaço é “nosso” – um espaço onde, diz também - poderemos ler a sua opinião sobre os mais variados temas da actualidade.
    Não sou, nunca fui militante socialista e nunca tive qualquer inclinação partidária: sou completamente independente - o que não me impede de seguir atentamente a situação política em Matosinhos e no resto do país.
    Permita-me que aproveite o seu blogue pessoal – “um novo canal de comunicação” – para lhe dirigir a pergunta que o comunicado da Comissão Política Distrital que publica me sugere.
    Entende que a recente avocação do processo “Autárquicas 2017” nas circunstâncias conhecidas, contribui para “fortalecer o partido e dar-lhe a coesão necessária para conseguir a vitória”?
    E já agora:
    Acha que esse acto (a avocação) ajuda a criar consensos na sociedade civil e a gerar a dinâmica mobilizadora capaz de dar a vitória eleitoral ao PS?
    Se pudesse esclarecer-me o que (em consciência) pensa disto, muito grato lhe ficaria.
    Aproveito ainda para felicitá-la pelas “novas funções partidárias” que lhe foram confiadas.
    E também pela coragem de ter aberto este espaço de debate à opinião pública.

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  2. Antes de mais, quero agradecer o seu comentário e a leitura atenta que mostra fazer deste blogue. Agradeço também pelas suas palavras de felicitações.

    Coloca-me duas perguntas às quais não quero deixar de responder e faço-o de forma a esclarecer todas as suas dúvidas, agora como quando, a seu pedido, um amigo comum nos proporcionou uma conversa pessoal, recorda-se?

    Tenho a firme convicção de que o Partido Socialista chegará às eleições autárquicas muito mais forte e coeso do que se encontra neste momento e que, em função disso, vai retomar a Câmara de Matosinhos. Foi para que isso aconteça que a esmagadora maioria dos dirigentes distritais e concelhios votaram a favor da avocação. Ficou clara a consciência quase generalizada (mais de 90 por cento) de que estava a ser feito em sentido contrário o trajeto que deveria levar o PS Matosinhos à unidade e à coesão.

    Como muito bem sabe, esse processo foi iniciado em julho passado pela Concelhia e foi-o, a meu ver, precocemente, ficando desde logo ferido pela má escolha do momento e pela forma de iniciar um processo com consequências tão importantes. Sim, acredito que os diálogos, que foram afastados à partida, serão agora mais transparentes. E sim, isso será mobilizador.

    Como digo no artigo a que se refere (que é da minha autoria, e não um comunicado da Comissão Política Distrital), sendo as eleições em outubro de 2017, o PS dispõe de muito tempo para definir, sem atropelos, quem vai protagonizar a candidatura do partido à Câmara. Mais importante do que isso, neste momento, e como não me canso de repetir, é fortalecer o partido, criar consensos internos e na sociedade civil e gerar uma dinâmica agregadora capaz de nos levar à vitória.

    E digo-o desde já, para que não haja dúvidas: a vitória não é um fim em si mesmo, mas apenas um passo para implementar em Matosinhos um conjunto de políticas que, associadas a outras já em aplicação pelo atual executivo municipal, contribuam para melhorar a qualidade de vida dos matosinhenses. Esse é o meu objetivo e deve ser o objetivo de todos os socialistas.

    Dito isto, gostaria de acrescentar duas notas: confesso-me surpreendida por este contacto, proveniente de quem, ao que me dizem, tem utilizado a imprensa local e as redes sociais para combater de forma tão veemente o Partido Socialista e eu própria. Que, ao fim de tanto tempo, se tenha dirigido diretamente a mim, é uma novidade que não posso deixar de saudar.

    Por outro lado, e como segunda nota: surpresa também por se afirmar “completamente independente”. Estaremos a falar do mesmo Heitor Ramos que, a 18 de setembro de 2009 inaugurou o seu próprio blogue escrevendo que “os textos que aqui vier a colocar (post´s, para os intelectuais) não são isentos. Nem imparciais. Serão tendenciosos. Declaradamente! Descaradamente! Assumidamente! Anuncio desde já, que defenderei com todas as forças duas causas: Uma, a da candidatura de Narciso à Câmara de Matosinhos. Outra, a do F. C. Porto!”?

    Estaremos a falar da mesma pessoa?

    Cumprimentos.

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