Estou em Paris, onde começou hoje e termina amanhã a
conferência de líderes socialistas da Europa. Em vésperas da Cimeira Europeia
de Bratislava, na Eslováquia, os dirigentes socialistas vão debater a proposta
de criação de um Passaporte Europeu para a Mobilidade com o objetivo de
promover o intercâmbio profissional dos jovens entre os vários Estados-membros.
A crise financeira, económica e social em que a Europa se
encontra mergulhada (crise política também, com o Brexit como pano de fundo)
teve uma incidência particular nos jovens. É pensando sobretudo neles e na
necessidade de criar mecanismos que facilitem a sua participação ativa que se
justifica a criação do Passaporte.
Na conferência, em que participo em representação do presidente
do PS, Carlos César, vou defender que o Passaporte Europeu para a Mobilidade
constitui um desafio para os Estados-membros da União Europeia. É que, se for
aprovado, tal como espero, o documento vai permitir aos jovens, a partir dos 15
anos, terem acesso automático e imediato a inúmeros projetos europeus no âmbito
do voluntariado e apoio ao emprego.
Tenho a convicção profunda de que temos de fazer com que os
jovens se aproximem do projeto europeu. Se os jovens perdem a confiança no
projeto europeu, é a própria União Europeia, como um todo, que estará em
perigo.
No final do
encontro, que termina amanhã, será divulgado um documento a apresentar na
Cimeira Europeia de Bratislava, na Eslováquia, no próximo dia 16 de setembro.
Aí, entre outras matérias, os socialistas pretendem apresentar um conjunto de
políticas progressistas que promovam e a criação de emprego e o crescimento
económico.
Senhora Doutora Luísa Salgueiro,
ResponderEliminarComo diz na “nota de abertura” este espaço é “nosso” – um espaço onde, diz também - poderemos ler a sua opinião sobre os mais variados temas da actualidade.
Não sou, nunca fui militante socialista e nunca tive qualquer inclinação partidária: sou completamente independente - o que não me impede de seguir atentamente a situação política em Matosinhos e no resto do país.
Permita-me que aproveite o seu blogue pessoal – “um novo canal de comunicação” – para lhe dirigir a pergunta que o comunicado da Comissão Política Distrital que publica me sugere.
Entende que a recente avocação do processo “Autárquicas 2017” nas circunstâncias conhecidas, contribui para “fortalecer o partido e dar-lhe a coesão necessária para conseguir a vitória”?
E já agora:
Acha que esse acto (a avocação) ajuda a criar consensos na sociedade civil e a gerar a dinâmica mobilizadora capaz de dar a vitória eleitoral ao PS?
Se pudesse esclarecer-me o que (em consciência) pensa disto, muito grato lhe ficaria.
Aproveito ainda para felicitá-la pelas “novas funções partidárias” que lhe foram confiadas.
E também pela coragem de ter aberto este espaço de debate à opinião pública.
Antes de mais, quero agradecer o seu comentário e a leitura atenta que mostra fazer deste blogue. Agradeço também pelas suas palavras de felicitações.
ResponderEliminarColoca-me duas perguntas às quais não quero deixar de responder e faço-o de forma a esclarecer todas as suas dúvidas, agora como quando, a seu pedido, um amigo comum nos proporcionou uma conversa pessoal, recorda-se?
Tenho a firme convicção de que o Partido Socialista chegará às eleições autárquicas muito mais forte e coeso do que se encontra neste momento e que, em função disso, vai retomar a Câmara de Matosinhos. Foi para que isso aconteça que a esmagadora maioria dos dirigentes distritais e concelhios votaram a favor da avocação. Ficou clara a consciência quase generalizada (mais de 90 por cento) de que estava a ser feito em sentido contrário o trajeto que deveria levar o PS Matosinhos à unidade e à coesão.
Como muito bem sabe, esse processo foi iniciado em julho passado pela Concelhia e foi-o, a meu ver, precocemente, ficando desde logo ferido pela má escolha do momento e pela forma de iniciar um processo com consequências tão importantes. Sim, acredito que os diálogos, que foram afastados à partida, serão agora mais transparentes. E sim, isso será mobilizador.
Como digo no artigo a que se refere (que é da minha autoria, e não um comunicado da Comissão Política Distrital), sendo as eleições em outubro de 2017, o PS dispõe de muito tempo para definir, sem atropelos, quem vai protagonizar a candidatura do partido à Câmara. Mais importante do que isso, neste momento, e como não me canso de repetir, é fortalecer o partido, criar consensos internos e na sociedade civil e gerar uma dinâmica agregadora capaz de nos levar à vitória.
E digo-o desde já, para que não haja dúvidas: a vitória não é um fim em si mesmo, mas apenas um passo para implementar em Matosinhos um conjunto de políticas que, associadas a outras já em aplicação pelo atual executivo municipal, contribuam para melhorar a qualidade de vida dos matosinhenses. Esse é o meu objetivo e deve ser o objetivo de todos os socialistas.
Dito isto, gostaria de acrescentar duas notas: confesso-me surpreendida por este contacto, proveniente de quem, ao que me dizem, tem utilizado a imprensa local e as redes sociais para combater de forma tão veemente o Partido Socialista e eu própria. Que, ao fim de tanto tempo, se tenha dirigido diretamente a mim, é uma novidade que não posso deixar de saudar.
Por outro lado, e como segunda nota: surpresa também por se afirmar “completamente independente”. Estaremos a falar do mesmo Heitor Ramos que, a 18 de setembro de 2009 inaugurou o seu próprio blogue escrevendo que “os textos que aqui vier a colocar (post´s, para os intelectuais) não são isentos. Nem imparciais. Serão tendenciosos. Declaradamente! Descaradamente! Assumidamente! Anuncio desde já, que defenderei com todas as forças duas causas: Uma, a da candidatura de Narciso à Câmara de Matosinhos. Outra, a do F. C. Porto!”?
Estaremos a falar da mesma pessoa?
Cumprimentos.