Para quem tem filhos em idade escolar, o mês de setembro é
um daqueles que mais põe à prova a carteira dos pais. Entre manuais e cadernos
de fichas, cadernos, dicionários, lápis, esferográficas, borrachas, afiadores,
canetas de feltro e lápis de cor, réguas, esquadros e compassos, mochilas e
outros, a lista de material escolar parece não ter fim. E é cada vez mais cara:
calcula-se que, em média, este regresso à escola custe cerca de 300 euros por
cada filho.
Uma das primeiras medidas tomadas pelo Partido Socialista
quando chegou ao Governo, foi assegurar a gratuitidade dos manuais escolares
para os alunos do 1º ano do ensino básico. É verdade que não chega, porque as
famílias têm outras necessidades, mas esta medida foi a primeira de uma série
que visa garantir que os preços de outros recursos didáticos, como os cadernos
e de fichas e de atividades, sejam progressivamente reduzidos até atingirem,
também eles, a gratuitidade.
O Partido Socialista, e o Governo, deram um sinal claro de
que defendem um dos princípios mais importantes da Constituição: a gratuitidade
do ensino, nomeadamente da escolaridade obrigatória. É que, além do material
escolar, há outras despesas a considerar, como o transporte diário no trajeto
casa – escola – casa e o alojamento, nalguns casos em que o aluno tem de
percorrer muitos quilómetros entre a residência e a escola, sem esquecer as
refeições.
Também nestes casos, o Estado tem um programa de apoio aos
alunos carenciados e cujos agregados familiares estão abrangidos pelo primeiro
e segundo escalão do abono de família. É bom recordar que é a Segurança Social
quem define os escalões, segundo o rendimento total do agregado. Para lá de
todos os salários, são considerados as pensões, subsídios, e outros rendimentos
dos vários membros da família. São incluídas rendas prediais, juros de
depósitos bancários e dividendos de ações. O total de todos estes rendimentos é
dividido pelo número de filhos com direito a abono, mais um (por exemplo, num
casal com dois filhos, o total é dividido por três) e o resultado é o valor de
referência que a Segurança Social vai utilizar para enquadrar o agregado num
dos quatro escalões do IRS. Uma vez que este valor é definido em função dos
rendimentos de cada família, se aí houver qualquer alteração durante o ano
letivo, o escalão pode ser alterado.
Para que um aluno possa beneficiar de apoios da ação social
escolar, os pais têm de entregar na escola um modelo de candidatura devidamente
preenchido. Os encarregados de educação podem discriminar o apoio que
pretendem: auxílio económico para a compra de livros e de material escolar,
alimentação, transporte, alojamento ou bolsas de mérito. A atribuição dos
apoios é decidida pelo Ministério da Educação, em colaboração com a autarquia
onde a escola se situa.
O mês de setembro exige um esforço financeiro grande às
famílias com filhos em idade escolar, mas há um conjunto de apoios ao dispor dos
mais carenciados. No Parlamento e no Governo, o Partido Socialistas continuará
a procurar soluções que tornem a Educação mais acessível a todos. Os
constrangimentos orçamentais ainda são grandes (e sê-lo-ão por ainda mais
alguns anos), mas continuamos empenhados em devolver rendimentos às famílias,
em atenuar as desigualdades sociais e construir uma sociedade mais justa.
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